sábado, 24 de novembro de 2012

Academia é sempre um parto!

     Já faz algumas semanas que tenho frequentado uma academia perto de casa. Nunca fui muito fã de academias e continuo não sendo, mas pelo menos é algo para aproveitar meu tempo e me impedir de engordar com as guloseimas daqui.
     Uma das coisas que sempre me incomodou nesses lugares é a música alta. Nunca entendi porque toda academia precisa ter música "ambiente" alta. E, normalmente, a música é bem chata! Acho que as pessoas não entendem o conceito de "música ambiente". O som que vem das aulas nas salas de ginástica também é, normalmente, insuportávelmente alto. Os professores chegam ao cúmulo de usar microfone para dar aulas em salas que são menores que as encontradas em escolas. Ou seja, a poluição sonora nesses lugares é muito incômoda. Outra coisa é o público. Não consigo suportar aquelas pessoas que ficam se admirando no espelho, desfilando entre os aparelhos, fingindo que estar ali é a coisa mais interessante e empolgante do mundo.
     Bom, a necessidade de fazer exercício se fez presente e, como vivo em um Kinder Ovo, ficou difícil (quase impossível) fazer meus exercícios em casa. Com o inverno se aproximando andar de bicicleta pela rua também se tornou uma missão impossível, ao menos para mim. A solução foi procurar uma dessas "caixas de transformar corpos" espalhadas por ai. Escolhi uma bem perto e de acesso perfeito para ir logo após as aulas, senão, me conheço, não irei.
     A princípio o espaço se parece com todos os outros de academias grandes do mundo ocidental. Várias esteiras, bicicletas, simuladores de escadas, um ao lado do outro e todos virados para 11 televisões, cada uma com um canal diferente. Você pode escolher o canal e usar seu fone para ouvi-lo enquanto caminha/sobe-e-desce/pedala. Primeiro ponto positivo, já que ninguém é obrigado a ouvir o programa e pode, também, ouvir música se preferir. Segundo ponto a favor: as máquinas de musculação (pessoalmente as que mais detesto) ficam em um canto separado, sem espelhos as rodeando. Terceiro ponto positivo: existem espaços próprios para fazer abomináveis (ou, abdominais na linguagem correta) e outro para fazer o alongamento. Quarto ponto positivo: Apesar de a academia ter três salas de aula, não se escuta um só som vindo delas mesmo durante aulas enérgicas como spinning. Quinto ponto positivo, na parte dos aparelhos de musculação existe música ambiente, mas bem baixinha, o que não atrapalha se estiver ouvindo meu walk-man. Sexto ponto positivo: uma das professoras de Fit-Bo (algo que tenta seguir a linha de Body Combat) é gordinha. Acho o máximo que uma academia tenha professores gordinhos, já que eles também precisam emagrecer e se manter saudáveis e, não é porque estão um pouco acima do peso que não são bons profissionais. Sétimo ponto positivo e um dos melhores: depois da sua avaliação (muito mais fácil e simpática que as por mim já realizadas nas academias brasileiras) e de sua série elaborada, o instrutor te deixa em paz!!! Não fica cuidando da sua vida ao invés da dele. Claro que, se você estiver fazendo o exercício errado, ele vem te ajudar e corrigir mas, no geral, ele te deixa em paz pra aumentar a velocidade e altura da esteira, o peso das máquinas (claro, tudo com bom senso e bem explicado antes de você começar a se exercitar), etc. Por exemplo, a minha série nas máquinas é bem curta pois avisei o instrutor que simplesmente detesto puxar ferro. Ele acabou por me dar apenas 3 exercícios básicos: costas, peito e barriga, pernas eu já uso bastante com a quantidade de escadas desse país e o quanto ando, e eu aumentei por conta própria os 10 minutos de esteira que ele me deu para 30 andando e correndo pois andava muito mais que isso no Rio. Mas eu faço, além do que me foi dado, os exercícios dos vídeos da Jillian Michaels que possuo e já sei de cor, na área de abomináveis e ninguém vem me encher a paciência porque aquilo não faz parte da minha série. Essa é uma das coisas que está me mantendo firme e forte para frequentar a academia: liberdade.
     Entretanto, o que mais me chama a atenção é o público. Os caras bombados estão todos lá, as senhorinhas tentando manter a forma também, as patricinhas que nem depois de uma aula de spinning estão escabeladas também, enfim, o público é parecido mas a maneira de encarar o fato de se estar em uma academia é diferente. Não vejo pessoas se admirando no espelho, desfilando entre os aparelhos ou fazendo hora na academia. Todos parecem bem concentrados em seus exercícios e muito focados: chegam, trocam de roupa, começam os exercícios e seguem direto de um para o outro sem enrolação (respeitando apenas o tempo de descanso entre um e outro previamente instruídos pelo profissional responsável), terminam, trocam de roupa e vão embora. O público aqui é muito prático. Não sei se é coisa de alemão, talvez seja porque eles realmente são muito práticos com tudo na vida, mas que vejo praticidade e nenhum desfile na academia, isso é verdade.
     Por fim, posso dizer que a experiência de frequentar uma academia está sendo, pela primeira vez na vida, não tão sofrida. É claro que começar a se exercitar exige uma certa força de vontade de pessoas como eu que não nasceram esportistas, e é claro também, que gosto dos resultados que vejo. Mas confesso que apesar de todos os pontos positivos, continua sendo muito difícil manter a disciplina de seguir me exercitando. É tão mais fácil se atirar na cama e ver um filme enquanto se come um bom sorvete...

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