O que é Berlim senão a história contemporânea viva e latente? Que outra cidade do mundo possui uma história recente tão complexa e, mais ainda, tão famosa? Um dia desses fui dar uma passeadinha por aí e ver algumas coisas que turistas, normalmente, passam direto.
Monumento a Johann Georg Elser
Johann Georg Elser nasceu em 1903, em Hermaringen, Alemanha, e passou parte de sua adolescência durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1938 a Alemanha parecia novamente caminhar em direção à guerra e Elser ficou apreensivo que isso pudesse acontecer. Embora Hitler, então, proclamasse a paz, Elser não acreditava nele e acreditava que era necessário remover os líderes nazistas do poder através do assassinato destes.
Para descobrir como fazê-lo, Elser viajou para Munique, em 8 de novembro de 1938, para participar do discurso anual que Hitler fazia no dia do aniversário da sua frustrada tentativa de tomada de poder em 1923. Georg Elser percebeu que o evento não possuia uma segurança eficiente, o que facilitaria suas idéias. Nessa mesma noite ele presenciou, também, a explosão de violência contra os judeus que ficou conhecida como "Noite dos Cristais". Essa foi a gota d'água que faltava para que ele se convencesse de que uma liderança capaz de incitar tal violência levaria o país à guerra e que apenas a morte de Hitler evitaria isso. Elser escolheu, então, o mesmo evento no ano seguinte para realizar seu plano: assassinar Hitler explodindo uma bomba durante seu discurso na Bürgerbräukeller.
Algumas semanas antes do discurso de aniversário Elser viajou para Munique. Por mais de um mês ele frequentou o local, ficou amigo dos garçons e conseguiu uma maneira de ali permanecer mesmo depois do horário de serviço. Durante esse período ele conseguiu fazer um buraco na pilastra atrás do pulpito e colocou a bomba ali.
Devido ao início da guerra Hitler decidiu cancelar o discurso, mas depois voltou atrás contanto que estivesse de volta em Berlim na mesma noite. Ele costumava discursar das 20:30 às 22:00, mas naquele dia, devido à neblina, os aviões não podiam decolar e o "Führer" precisou retornar à Berlim de trem, fazendo com que precisasse encurtar seu discurso. Assim, Hitler deixou a Bürgerbräukeller 13 minutos antes da bomba de Elser explodir.
Georg Elser tentou fugir para a Suíça e foi detido pela polícia de imigração. Embora os policiais não desconfiassem que ele estivesse envolvido no atentado, após encontrarem cartões postais da cervejaria em seu casaco ele foi associado à explosão e, então, enviado para Munique. Na capital da Baviera Elser foi interrogado pela Gestapo, mas permaneceu em silêncio e negou qualquer envolvimento na explosão. Garçons identificaram Elser como frequentador assíduo do local e, mais tarde, ele acabou confessando. Após sua confição, Elser foi transferido para o quartel-general da Gestapo, em Berlim, onde foi torturado. O líder da SS, Heinrich Himmler, não conseguia acreditar que um homem simples, com pouca instrução, fosse capaz de quase assassinar Hitler sem ter cúmplices. Elser foi enviado ao campo de Sachsenhausen (em Berlim) e depois para Dachau (próximo à Munique) onde foi morto em 1945. Anos mais tarde foi confirmado que Elser arquitetou tudo sozinho, sem ajuda de ninguém.
Para descobrir como fazê-lo, Elser viajou para Munique, em 8 de novembro de 1938, para participar do discurso anual que Hitler fazia no dia do aniversário da sua frustrada tentativa de tomada de poder em 1923. Georg Elser percebeu que o evento não possuia uma segurança eficiente, o que facilitaria suas idéias. Nessa mesma noite ele presenciou, também, a explosão de violência contra os judeus que ficou conhecida como "Noite dos Cristais". Essa foi a gota d'água que faltava para que ele se convencesse de que uma liderança capaz de incitar tal violência levaria o país à guerra e que apenas a morte de Hitler evitaria isso. Elser escolheu, então, o mesmo evento no ano seguinte para realizar seu plano: assassinar Hitler explodindo uma bomba durante seu discurso na Bürgerbräukeller.
Algumas semanas antes do discurso de aniversário Elser viajou para Munique. Por mais de um mês ele frequentou o local, ficou amigo dos garçons e conseguiu uma maneira de ali permanecer mesmo depois do horário de serviço. Durante esse período ele conseguiu fazer um buraco na pilastra atrás do pulpito e colocou a bomba ali.
Devido ao início da guerra Hitler decidiu cancelar o discurso, mas depois voltou atrás contanto que estivesse de volta em Berlim na mesma noite. Ele costumava discursar das 20:30 às 22:00, mas naquele dia, devido à neblina, os aviões não podiam decolar e o "Führer" precisou retornar à Berlim de trem, fazendo com que precisasse encurtar seu discurso. Assim, Hitler deixou a Bürgerbräukeller 13 minutos antes da bomba de Elser explodir.
Georg Elser tentou fugir para a Suíça e foi detido pela polícia de imigração. Embora os policiais não desconfiassem que ele estivesse envolvido no atentado, após encontrarem cartões postais da cervejaria em seu casaco ele foi associado à explosão e, então, enviado para Munique. Na capital da Baviera Elser foi interrogado pela Gestapo, mas permaneceu em silêncio e negou qualquer envolvimento na explosão. Garçons identificaram Elser como frequentador assíduo do local e, mais tarde, ele acabou confessando. Após sua confição, Elser foi transferido para o quartel-general da Gestapo, em Berlim, onde foi torturado. O líder da SS, Heinrich Himmler, não conseguia acreditar que um homem simples, com pouca instrução, fosse capaz de quase assassinar Hitler sem ter cúmplices. Elser foi enviado ao campo de Sachsenhausen (em Berlim) e depois para Dachau (próximo à Munique) onde foi morto em 1945. Anos mais tarde foi confirmado que Elser arquitetou tudo sozinho, sem ajuda de ninguém.
"Ich habe der Krieg verhindern wollen."
("Eu queria evitar a guerra.")
("Eu queria evitar a guerra.")
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